(Brucellosis in
veterinarians, vaccinators and cowboys in the Brazilian State of Tocantins,)
Francisco Aristófanes Sarmento da Silva Braga1,
Francisco Baptista2, Caroline Peters Pigatto3, Raimunda de
Sousa Canedo Barros4
1 – Médico - aluno de mestrado na
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
2 - Orientador - professor no Curso
de veterinária da UFT
3 – Professora no Curso de
veterinária da UFT
4 – Médica Veterinária, técnica no
curso de veterinária da UFT
RESUMO
A
brucelose, doença infecciosa dos animais, transmite-se ao homem, direta ou
indiretamente, através de contato com animais infectados, manipulação de
carcaças e vísceras, ou ainda pelo consumo de produtos como leite cru e seus
derivados. Assim, o risco de infecção é maior nos
profissionais da pecuária, incluindo aqueles que trabalham nos matadouros.
Também estão sob risco de infecção aqueles que manipulam a vacina viva
produzida com a cepa B19 de Brucella abortus.
Nos meses de abril e maio de 2008, foram pesquisados veterinários, vacinadores
e vaqueiros em alguns municípios do Tocantins, norte do Brasil, para a detecção
de sorologia positiva para brucelose. Este trabalho também serviu para medir o
grau de exposição a fatores de risco. Um questionário semi-estruturado foi
aplicado e foram coletadas 123 amostras de sangue, sendo 44 (35,8%) de vaqueiros,
56 (45,5%) de vacinadores, que manipulam a estirpe vacinal B19 de Brucella abortus, e 23 (18,7%) de
veterinários. O diagnóstico sorológico por aglutinação em placa, com antígeno
acidificado e tamponado, revelou uma prevalência global de 6,5% (IC95% =
2,8-12,4). A prevalência foi de 9%, 3,6% e 8,7% para vaqueiros, vacinadores
e veterinários, respectivamente. O intervalo de confiança da
diferença entre estas proporções, ao nível de 95%, mostra que elas pertencem à
mesma população. Soros positivos para a prova do antígeno acidificado e
tamponado tiveram títulos que variaram de 50 a mais de 200 no teste de aglutinação
lenta em tubo e de menos de 25 até 50 no teste do 2‑Mercaptoetanol. A
prevalência de exposição a fatores de risco como consumo de leite cru,
não-utilização de equipamentos de proteção, ajuda em partos e manipulação de
carcaças foi elevada em todos os grupos. Para cada fator de risco, a
prevalência global da exposição foi superior a 60%, exceto para o consumo de
leite cru, cuja prevalência foi de 33,3%. Como conclusão, deve ser enfatizada a
importância da educação para a saúde em programas nacionais de promoção da
saúde humana e animal, especialmente no que diz respeito aos costumes e à
utilização de equipamentos de proteção individual.
Palavras-chave:
Brucelose, brucelose humana, prevalência, fatores de risco
SUMMARY
Brucellosis, an infectious disease of animals, is transmitted to man
directly or indirectly through contact with infected animals, handling of
carcasses and offal, or by consumption of products like raw milk and its
derivatives. Thus, the risk of infection is higher in the livestock
professionals, including those who work in slaughterhouses. Also they are under
risk of infection those who manipulate alive vaccine, produced with B19 strain
of Brucella abortus. In the months of
April and May in the year 2008, were surveyed veterinarians, vaccinators and
cowboys in some municipalities in northern Brazil, for the detection of
positive serology for brucellosis. This work served also to measure the degree of
exposure to risk factors. A semi-structured questionnaire was applied and were collected 123
blood samples, being 44 (35.8%) of cowboys, 56 (45.5%) of vaccinators, that
manipulate vaccinal B19 strain of Brucella
abortus, and 23 (18.7%) of veterinarians. The serological diagnosis by plate
agglutination with acidified and buffered antigen revealed an overall
prevalence of 6.5% (IC95% = 2,8-12,4). The prevalence was 9%, 3.6% and 8.7% for
cowboys, vaccinators and veterinarians, respectively. The confidence interval
of the difference between these proportions, at the level of 95%, shows that
they belong to the same population. Sera positive for acidified and buffered
antigen had titles that ranged from 50 to over 200 in the slow agglutination
test in tube and in less than 25 to 50 in the test of 2-Mercaptoethanol. The
prevalence of exposure to risk factors such as consumption of raw milk, non-use
of protective equipment, aid at childbirths and manipulation of carcasses was
high in all groups. For each risk factor, the overall prevalence of exposure
was greater than 60%, except for the consumption of raw milk, whose prevalence
was 33.3%. As conclusion, must be emphasized the importance of health education
in national programs of promoting human and animal health , especially with
regard to customs and the use of personal protective equipment.
Keywords: Brucellosis, Human brucellosis, prevalence,
risk factors
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